O impacto na arquitetura histórica

Os painéis solares se tornaram uma solução sustentável e econômica, cobrindo milhares de telhados ao redor do mundo. Contudo, ao se olhar para os prédios históricos, se verá que eles não possuem esses modelos tradicionais de painéis e a resposta para isso é que a integração desse painel é conflitante com a estética da construção.

Existem no Brasil, segundo dados disponibilizados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional(Iphan), mais de 1,2 mil bens materiais tombados e protegidos em todo o país. O intuito desse tipo de ação é a preservação de características culturais, históricas e artísticas.

Para exemplificar o quanto um painel solar pode impactar na estética de uma construção, apresenta-se aqui um exemplo de uma casa datada do século XVII  e reconhecida como a única casa bandeirista urbana do estado de São Paulo. Ela está localizada no município de Santana de Parnaíba, onde há outras 208 edificações tombadas em um dos mais importantes conjuntos arquitetônicos do período colonial paulista.

Mesmo sendo um desenho, olhando para a imagem abaixo, fica nítido que os painéis solares destoam da arquitetura local.

O que fazer, então, nesses casos? Calma, porque a solução vem do mesmo lugar no qual as famosas telhas coloniais se popularizaram: da Europa, para ser preciso, de Camisano Vicentino, uma comuna italiana da região do Vêneto.

Nesse local, uma empresa familiar chamada Dyaqua patenteou um novo modelo de telha colonial, que se parece exatamente coma telha tradicional, porém, esconde as células solares, favorecendo a integração desse modelo em edifícios e centros históricos.

A Invisible Solar é uma nova tecnologia capaz de assumir a aparência de qualquer material de construção. Como um camaleão, cada módulo Invisible Solar não é apenas um módulo fotovoltaico, mas um elemento arquitetônico integrado que se adapta ao local.

Como ela funciona?

A telha Invisible Solar é constituída por um corpo único e indivisível de altíssima resistência, que esconde e protege as células fotovoltaicas incorporadas no seu interior. Eles são fabricados artesanalmente, o que os torna parecidos, mas não idênticos. Esse talvez seja um dos fatores mais característicos das antigas telhas coloniais. Os clientes da Dyaqua são, majoritariamente, autarquias responsáveis pela preservação de patrimônios, como o do renomado museu de arte contemporânea de Roma e o famoso parque arqueológico de Pompéia.

A eficácia da utilização desse modelo de telha é comprovada pela experiência bem-sucedida de Pompéia, como destaca o diretor do parque arqueológico.

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A telha fotovoltaica invisível não só nos ajuda a reduzir as contas de energia, mas também torna nosso parque arqueológico mais agradável. Portanto, esse é apenas o começo. A partir de agora, levaremos em consideração essa solução para todos os projetos futuros de renovação e restauração.  Zuchtriegel.

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Em parceria com outras empresas, como a canadense Tegosolar, outras soluções serão oferecidas no lugar das placas tradicionais, abrindo caminho para que a integração da sustentabilidade em edifícios tombados se torne uma realidade. Logo, poderemos olhar para locais culturais, edifícios antigos e cidades históricas, como a de Santana de Parnaíba, como recursos para reduzir as emissões de carbono e não como obstáculos.

O Grande desafio para não danificar nosso patrimônio arquitetônico e histórico é usar soluções mais inovadoras que respeitem o seu valor e preservem as suas características.

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